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Imobiliária em São Paulo; junto com; cartório de notas, provocam golpe imobiliário de R$ 200 mil

Atualizado: 1 de abr.



Créditos do Vídeo: Jornal da Record


Um casal de São Paulo investiu 15 anos de economia na compra de um terreno e perdeu tudo. Os compradores se cercaram de todos os cuidados, mas ainda caíram num golpe. A fraude era aparentemente perfeita, mas poderia sim ter sido evitada.


Confira a reportagem de Eduardo Ribeiro. A esquina, que devia representar uma poupança para a família de Johnny, virou motivo de trauma. Há três anos ele comprou este terreno, mas perdeu em seguida.


O que era projeto de vida, agora fica empilhado no topo da mesa. Um amontoado de papéis, sem qualquer validade. Os filhos perguntam, mas sem entender nada.


A única coisa que ela sabe é que a gente passa lá e fala, não é nosso, não, não. Não é nosso. Era pra ser, né? Era pra ser, pro futuro dela.


Dela e dele, na verdade. Foram gastos 200 mil reais numa oferta anunciada por esta imobiliária aqui. O casal conta que nunca havia sido cercado por tanta segurança antes de fechar um negócio.


Contrato entre as partes, certidões em dia, até o valor só foi pago em cheque e dentro do cartório. Mas 15 dias depois do negócio concluído, começou o pesadelo. A gente comprou da forma mais correta possível, com toda a documentação que precisaria ter sido feita.


Eu não consigo imaginar a perda desse terreno. O mais curioso é que a fraude se baseia em documentos falsos , como esta carteira de habilitação . Com ela, o estelionatário se passou pelo verdadeiro dono do terreno.


Pessoalmente, abri firma no cartório, transferiu uma propriedade que não tinha, e ainda apertou a mão do comprador. Quando você olha pro rosto desse homem aqui, o que você vem à cabeça? Ai, é muita injustiça. Eu não esqueço a cena, eu fico imaginando ele saindo do cartório, rindo da nossa cara.


Com um cheque de 160 mil reais de vocês. O falsário nunca foi encontrado e o casal ainda teve que pagar os advogados do verdadeiro proprietário do imóvel, que processou os dois por saquear o terreno. Parecendo que a culpa é minha, que eu estava fazendo parte do esquema .


Porque a imobiliária fala que ela não tem culpa. O cartório fala que ele não conseguiu descobrir esse esquema. E se eu não posso comprar dentro de uma imobiliária e dentro de um cartório que lavra a escritura, que acredito que tenha fé pública, eu vou comprar onde ? Explica pra mim.


Levamos o caso de Johnny Gisele para a Corregedoria do Tribunal de Justiça, que fiscaliza os cartórios, para um especialista em negócios imobiliários e para o presidente do Conselho de Corretores de Imóveis, o CRECI . Para eles, a imobiliária e o cartório deveriam ter tido maiores cuidados. A imobiliária nessa situação responde por perdas e danos, caso a vítima queira interpor uma ação judicial. Basta ver que esta pessoa nasceu em 1932 e a fotografia que aparece aqui no documento não se coaduna com uma pessoa que nasceu em 1932. Isso o cartório

 poderia ter visto? Sem dúvida alguma, e poderia ter evitado tudo isso.


Isso não resta dúvida . É possível que um sujeito possa transferir a propriedade de um imóvel dentro de um cartório somente usando um único documento ? Não tem princípio, não. Eu realmente...


Não é o que pede a lei? Não. E detalhe, a imobiliária cobrou quase três vezes o valor normal da comissão por intermediar o negócio e nunca devolveu o dinheiro. Com certeza a imobiliária perde a inscrição no CRECI , definitivamente, fica impedida de exercer a atividade em todo o território nacional.


Este juiz ensina, até pelas redes sociais, as vítimas de golpes semelhantes podem registrar uma reclamação. Nem precisam de advogado. A pessoa procura o juiz corrigidor permanente, procura a Corregedoria Geral da Justiça.


Formalize sua consulta e ela será verificada. Exato. Olha, comprei um imóvel e fui enganado.


É só o que ele precisa dizer. Hoje, com que garantia que eu vou conseguir, se um dia a gente conseguir se recuperar, comprar um novo imóvel? Eu não sei como vou conseguir fazer isso. O proprietário da imobiliária afirmou que apenas intermediou o negócio para outro corretor.

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